segunda-feira, 4 de março de 2013

Les Miserables - opinião

Começo esta crítica dizendo que quem não gosta de musicais ou mesmo não está disposto a conhecer esta arte, não irá gostar do filme. Uma vez que a leitura do livro de Victor Hugo me é recente, foi fácil distinguir os personagens e os dramas que os rodeavam.
Não esperem muita minuocisade e uma sóldia história ou entender o drama de cada eprsonagem, Tom Hooper dirige este musical que resalta o talento vocal e dramático de alguns de seus intérpretes.
Los Miserables, não enfoca muito na trama e consistencia dos personagens, uma vez que é adaptação do Musical da Broodway.

A trama se passa inicialmente em 1815, décadas após o fim da Revolução Francesa. Em uma prisão de Toulon, Jean Valjean (Hugh Jackman) cumpre seu 19º ano de pena em decorrência de ter roubado um pequeno pedaço de pão. Sua liberdade condicional, porém, logo é concedida pelo maléfico inspetor e policial Javert (Russell Crowe). O seu encontro com o bispo de Digne (não aprofundado aqui, nem sequer é citado seu nome) o transforma. Valjean, não se apresenta no dia indicado e é tido como foragido, retornando na película oito anos mais tarde, como o bem sucedido empresário e prefeito de uma da pequena Montfermeil. Javert logo se apresenta na cidade e pouco depois descobre a identidade do prefeito. Nesta cidade acontece o seu encontro com Fantine (Anne Hathaway), que fora demitida de sua fábrica, com a promessa emitida aos pés do leito de morte desta, ele decide procurar e criar a agora orfã filha da moça, a pequena Cosette (Isabelle Allen), dando continuidade a um conto de amor envolto por muitas lutas e sofrimentos.

Esta foi a primeira adaptação do musical homônimo composto por Claude-Michel Schonberg e Alain Boublil em 1980, que por sua vez é uma das dezenas de adaptações teatrais e cinematográficas da obra escrita pelo francês Victor Hugo em 1862, “Os Miseráveis” está muito mais para um grande espetáculo do que para um filme. Nele, a forma importa mais do que o conteúdo. O cenário, a pomposidade de alguns figurinos, a maquiagem e, principalmente, a dramaticidade das interpretações ganham demasiado valor enquanto a história vira uma mera coadjuvante.

Aqui vale destacar Anne Hathaway, que nos faz vislumbrar o sofrimento de uma mãe por sua filha, vende os dentes, o cabelo, a dignidade. Naquele momento em que canta I Dreamed a Dream, nos impressiona com sua performance excepcional, tanto que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
Hugh Jackman, indicado ao Oscar, em seu papel de condenado, também impressiona pela performance musical, não faz feio e mostra a dedicação que teve durante os ensaios do musical.
Sacha Baron e Helena Bonhan Carter nos fazer rir com sua interpretação do interesseiro, ambicioso e espertalhão casal Thénardier. A atuação destes, traz a parte cômica ao Musical.
Samantha Barks (Éponine), reflete as moças que muitas vezes não tem o seu amor correspondido. Sua interpretação de “On My Own” é fantástica e nos faz compadecer de sua situação, torcendo por um final feliz à ela.

Em suma, Os miseráveis é um ótimo espetáculo, nos ludibria com as canções e cenários. Dica para quem gosta de musicais, não irá se arrepender.

Carlos Wilker 

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